sábado, 21 de abril de 2018

Livro: Pedagogia da autonomia - Paulo Freire



Contexto:

 Esse livro foi dado para todos os professores do cursinho Da Capo em uma reunião na casa da nossa coordenadora, Yara Caznok.
 Desde o dia da colação de grau, em que comprei alguns livros na feira do livro da Unesp e, quando cheguei em casa naquele dia, reorganizei toda a minha biblioteca pessoal por "assuntos" e decidi que leria todos os livros de um assunto antes de começar outro. Comecei então com livros pedagógicos por ser, ao mesmo tempo, um tema que estou carente de literatura ultimamente, visto que comecei a trabalhar com coro infantil, e também ser a menor pilha da biblioteca.
  Assim como o Ouvido Pensante, a história desse livro também tem uma ironia. Terminei de ler esse livro no mesmo dia em que desisti de fazer um dos meus cursos complementares, após discutir com um professor que definitivamente não possui nem metade dos requisitos apontados pelo autor. Pude ver, infelizmente, os resultados previstos pelo autor na prática.

Descrição: 

 Uma das sacadas mais legais desse livro é que o seu índice é super didático. Todos os capítulos tem nomes afirmativos que ensinam pedagogia até para aquela pessoa que simplesmente abriu o livro pra ver o que tem no índice:

Cap. 1 - Não há docência sem Discência

1.1 - Ensinar exige rigorosidade metódica
1.2 - Ensinar exige pesquisa
1.3 - Ensinar exige respeito aos saberes dos educandos
1.4 - Ensinar exige criticidade
1.5 - Ensinar exige estética e ética
1.6 - Ensinar exige a corporeificação das palavras pelo exemplo
1.7 - Ensinar exige risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de discriminação
1.8 - Ensinar exige o reconhecimento e a assunção da identidade cultural

Cap. 2 - Ensinar não é transferir conhecimento

2.1 - Ensinar exige consciência do inacabamento 
2.2 - Ensinar exige reconhecimento de ser condicionado
2.3 - Ensinar exige respeito à autonomia do ser do educando
2.4 - Ensinar exige bom senso
2.5 - Ensinar exige humildade, tolerância e luta em defesa dos direitos dos educadores
2.6 - Ensinar exige apreensão da realidade
2.7 - Ensinar exige alegria e esperança
2.8 - Ensinar exige a convicção de que a mudança é possível
2.9 - Ensinar exige curiosidade

Cap. 3 - Ensinar é uma especificidade humana

3.1 - Ensinar exige segurança, competência profissional e generosidade
3.2 - Ensinar exige comprometimento
3.3 - Ensinar exige compreender que a educação é uma forma de intervenção no mundo
3.4 - Ensinar exige liberdade e autoridade
3.5 - Ensinar exige tomada consciente de decisões
3.6 - Ensinar exige saber escutar
3.7 - Ensinar exige reconhecer que a educação é ideológica
3.8 - Ensinar exige disponibilidade para o diálogo
3.9 - Ensinar exige querer bem aos educandos

Análise/ Comentários:

* O comentário mais importante que eu tenho a fazer, portanto o que farei primeiro, é: se você pensa em dar aulas, mesmo que seja uma aula informal pra um amigo no bar... leia Paulo Freire. 
 Concorde você ou não com suas ideias ou posicionamento político-ideológico, leia Paulo Freire antes de comentar. As discussões levantadas e os pontos apresentados são MUITO pertinentes e MUITO atuais.Não é a toa que ele é estudado Brasil a fora.

* Esse livro me pareceu um "resumão" de outras obras dele. Então senti muita falta do aprofundamento de algumas discussões como "Liberdade x autoridade e como não transformá-las em licenciosidade e autoritarismo" que, segundo as notas de rodapé, já foram aprofundados em outro livro "Professora sim, tia não". Não que a discussão apresentada neste livro já não seja bem interessante, mas sim porque tenho precisado muito ler sobre como alcançar bem esse equilibrio

*O livro possui muitas reiterações, muitas mesmo. Por um lado é bom, porque com pequenas frases ele já consegue relembrar as discussões dos capítulos anteriores. Por outro lado torna a leitura um tanto quanto cansativa (creio que isso tenha me incomodado um pouco porque "maratonei" o livro, quem ler mais devagar não deve achar isso um problema)

É isso aí.
Bora continuar os estudos por conta própria
Os abraços, que não são exclusivamente humanos mas quando dado por humanos assume uma responsabilidade social, devem ser compartilhados e não dados ou desejados
Augusto Girotto 




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