Livro: Análise Musical na Teoria e Na Prática
Contexto:
Comprei esse livro na feira do livro do ano passado (2014) Pois saberia que seria útil para complementar as aulas de análise na faculdade. Comecei a ler por estar sem "leituras de ônibus/metrô" e aos poucos vou resumindo meus avanços no livro até aqui.
Descrição:
Este livro é uma tradução de Norton Dudeque do livro " Music Analysis in Theory and Practice" de Jonathan Dunsby e Arnold Whitall, que tem como foco "as abordagens analíticas criadas no século XX sobre dois tipos de música: aquela baseada na tonalidade e, posteriormente, a composição atonal e serial". O livro possui 4 partes:
PARTE 1
1 - Introdução
2 - A história da Teoria e Análise: uma breve avaliação
PARTE 2: ASPECTOS DA ANÁLISE TONAL
3 - Schenker o Teórico
4 - Análise Schenkeriana
5 - Desenvolvimentos a partir de Schenker: Ktz e Salzer
6 - O Contexto Brotâmico: Tovey
7 - Schoenberg e a Lógica Musical
8 - Revisão e Reversão
Diretrizes para Desenvoler os Estudos - Parte II (isso mesmo, não tem uma "parte I" no índice
PARTE 3: ELEMENTOS DA TONALIDADE
9 - Introdução
10 - Harmonia e Condução Melódica
11 - Harmonia - e Simetrias
12 - Conjunto de Classes de Notas
13 - Motivos
14 - Forma - e Duração
15 - A Estrutura da Música Atonal
16 - Composição Dodecafônica
17 - Coda
Diretrizes para Desenvolver os Estudos - Parte III
PARTE 4 : DOS MEIOS AO SIGNIFICADO
Resumo / Comentários:
Como ainda estou lendo o livro, irei resumindo/comentando conforme eu vou lendo.
1 - Introdução
O livro começa com uma citação de uma crítica de Boulez aos comentadores da música contemporânea, apresentando a problemática da vulnerabilidade da análise à incompetência e superficialidade do analista. Pois "por muito tempo presumiu-se que a análise necessitava somente ser aplicada como um produto direto da sensibilidade e compreensão inata do analista, em vez de ser estudada como uma disciplina de pleno direito". Para Boulez, não interessava tanto um modelo detalhado para atividades analíticas quanto expressar as qualificações requisitadas de um analista, o qual deveria empreender "uma observação tão minuciosa e exata quanto possível" dos "fatos" apresentados, sendo tais fatos os próprios elementos da música analisada.
A citação aparece para situar o leitor no contexto objetivo do livro - o de introduzir o estudo da análise como um objeto com sua história própria, baseada na crença que a análise pode e deve melhorar a apreciação musical e intensificar a escuta.
Em seguida, os autores fazem uma separação entre a "análise" e a "teoria", colocando o primeiro termo como estando dentro do segundo e dizendo que o livro terá um enfoque na análise, não por uma visão histórico e nem demonstração prática, mas como uma espécie de caixa de ferramentas analíticas. O livro também defende uma ideia da criação de uma disciplina "Análise Musical" como resultado de uma necessidade crescente de complementar os aspectos técnicos dos estudos históricos e musicológicos.
A introdução também aponta a divisão principal do livro entre os temas "Aspectos da Análise Tonal" e "Os elementos da Atonalidade", apresentando Schenker como principal referência do primeiro e Schoenberg do segundo.
Os autores também chamam atenção que "assim como nossa cultura musical contemporânea não pode ser compreendida se rigorosamente excluirmos toda referência aos eventos anteriores a 1908, também o músico que despreze o estudo e as eventuais respostas e reações à tonalidade está perdendo um ingrediente vital para desenvolver uma sensibilidade a arte musical dos últimos séculos."como resposta a uma visível resistência à musica contemporânea (situação bem atual, inclusive)
Comentários
* Bom, não dá para se esperar muito de uma introdução de livro, mas sempre vale a pena dar uma lida para saber o que buscar e aproveitar do mesmo. (03/10/2015)
2 - A história da Teoria e Análise: uma breve avaliação
3 - Schenker o Teórico
4 - Análise Schenkeriana
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